Acre
Gás lacrimogênio foi lançado acidentalmente por militar durante desfile cívico em Rio Branco: ‘equívoco’, diz comandante da PM
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Gás causou tumulto e alguns pessoas passaram mal durante o desfile cívico desta sexta (47). PM que lançou a granada teve queimaduras de segundo grau.
O comando da Polícia Militar do Acre (PM-AC) informou que o gás lacrimogênio que causou correria e tumulto durante o desfile cívico, nesta sexta-feira (7), foi lançado acidentalmente por um policial da corporação. Várias crianças e adultos que assistiam o desfile passaram mal ao serem atingidas com o gás.
O evento correu na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da capital acreana, em comemoração a Independência do Brasil. Imagens aéreas capturadas pela equipe da Rede Amazônica Acre mostram o momento em que um homem passa um material para outro, que sai espalhando o gás entre as crianças que desfilavam. Depois ele sai correndo do local. Em seguida, começa um tumulto e correria entre as pessoas.
“Foi um incidente que aconteceu, a Polícia Militar sai para salvar vidas, não para causar transtornos e nem trazer nenhum tipo de tumulto. A Polícia Militar, Governo do Estado e Sistema de Segurança Pública pedem desculpas aos pais e alunos que passaram por esse incômodo, mas, infelizmente, incidentes acontecem. Quem nunca errou que atire a primeira pedra”, argumentou o coronel Marcos Kinpara.
O comandante explicou que houve uma troca no momento de selecionar os dispositivos. O que deveria ser usado era o sinalizador, que tem uma fumaça colorida, mas o policial acabou soltando uma granada de gás lacrimogênio no local.
“Elas são muito parecidas, o policial que fez a seleção e o que estava fazendo o acionamento dos dispositivos são altamente preparados, têm curso na área. Foi um equívoco e de imediato que soubemos o policial foi identificado, inclusive, ele se machucou, porque tentou segurar a granada com a mão e teve queimaduras de segundo grau. Ele recebeu antedimento, estava com os filhos lá também”, falou.
Ainda segundo Kinpara, o policial que lançou a granada recebeu o material de outro PM, responsável pela seleção. O comandante ressaltou que a corporação lamenta o ocorrido e que a Corregedoria apura a situação.
“Na hora que o gás foi acionado e ele percebeu tentou sair e segurar para que o gás não saísse, mas a granada é quente, de metal, e machucou as mãos no intuito de causar menos impacto. Os policiais estão extremamente tristes com o evento porque ninguém quer um desfecho desses, mas aconteceu e não teve nenhum tipo de ataque”, complementou.
O coronel ressaltou ainda que todos os policiais são treinados no manuseio do material. Ele prometeu ainda um novo evento para que o colégio militar possa desfilar novamente.
“Acontecem falham em todos os locais, infelizmente foi hoje e felizmente não teve ferimentos graves. Já estamos preparados para trazer o colégio militar para desfilar novamente porque alguns já pediram e eu vou fazer um evento para que esses alunos desfilem”, confirmou.
Homem preso
O comandante comentou ainda sobre a prisão de um homem no momento da confusão. Segundo ele, a pessoa presa é suspeita de furtar a bolsa de uma senhora, e não tem envolvimento no ocorrido.
“No mesmo tumulto um cidadão foi pego com a bolsa, inclusive foi preso, e houve aquela confusão no primeiro momento, que achavam que ele lançado. Não tem nenhuma ligação um evento com outro”, concluiu.